Todo mundo quer ser ajudado, mas quase ninguém quer ajudar.
A frase acima é meio que óbvia, e até compreensível às vezes. Quem é que gosta de ficar se doando a torto e a direito? Tem gente que sim, e tem gente que espera, no mínimo, um obrigado.
Nesses anos de ativismo, aprendi que as pessoas são muito acomodadas. Elas se colocam atrás de obstáculos e pedem socorro. É como se afogar numa piscina rasa: basta se levantar que a água “bate” na canela. Precisar de um herói para tudo, alguém que lute por você, é fácil.
Muitas pessoas endeusam coaches, influenciadores, políticos e alguém para chamar de seu, na ânsia de serem representadas em algo que elas têm preguiça de fazer. Sabe aquele ditado: quem quer consegue? E eu não tô falando de coisas que estão fora do nosso controle, como questões raciais e sociais, então não venha com falsa simetria pra cima do meu texto. Estou falando sobre coisas que você pode fazer, mas fica aí achando que alguém tem a obrigação de fazer por você.
Óbvio que existem pessoas que nasceram para liderar e aquelas que são lideradas. Precisamos de quem está no topo para nos puxar até lá, mas você não precisa ser tão acomodado e pesado assim, né, minha chapa?
Tem gente que espera as coisas caírem do céu. Ou estão tão acostumadas a esmolas sentimentais que acham aquilo de bom tamanho. Ora, pois, você não tem objetivos?
Enfim, vejo muita gente pedindo ajuda, mas não mexe uma palha para ajudar. É um sanguessuga social que quer, quer, quer, enquanto outros, mais corajosos, seguem fazendo por si e por ele o que deveriam fazer juntos. Isso é bem cansativo.
Não adianta a gente só querer, também é preciso retribuir. Não é só você que precisa de ajuda ou que sofre no mundo, já parou pra pensar sobre isso? Mesmo que não dê para fazer muito, faça um pouco, no mínimo, pelo menos. A reciprocidade é importante em todas as áreas da nossa vida. Não se acomode, eu sei que você é melhor que isso. Retribua.
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